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domingo, 27 de junho de 2010

Conheça o estudante brasileiro que acaba de publicar artigo na Science - Reportagem da Época


PRODÍGIO

Ricardo Barroso nos jardins da Unicamp. Estudante de escola pública, ele impressionou cientistas dos EUA
Quando vai a uma balada, Ricardo Barroso Ferreira, de 21 anos, se diverte como pode. Dança, bebe, flerta, faz novas amizades. Mas nunca deixa de pensar naquilo que realmente o motiva: a química. Não aquela que pode surgir de um novo encontro, mas a que ele estuda com a aplicação de um cientista convicto. Filho de pai metalúrgico e mãe dona de casa, Ricardo adquiriu o gosto pela ciência durante o ensino fundamental. Incentivado pela família, conseguiu uma bolsa para fazer o 3º ano do ensino médio em um colégio particular. Era a chance para superar o atraso de uma vida inteira como aluno de escola pública. Passou dias e noites debruçado sobre os livros e foi aprovado no vestibular de química da Universidade de Campinas (Unicamp), aos 17 anos. Está no último semestre do curso e já traz no currículo um feito raro para um aluno de graduação: é coautor de um artigo publicado na Science, a principal revista científica do mundo. “Eu não conheço nenhum aluno brasileiro de química que tenha conseguido publicar na Science. Nem professores conseguem”, diz André Formiga, professor de Ricardo no Instituto de Química da Unicamp.

No ano passado, Ricardo participou de um grupo de pesquisa do Instituto de Nanossistemas da Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Ele foi selecionado por um programa de intercâmbio para bolsistas de iniciação científica mantido por uma fundação de amparo à pesquisa de São Paulo. Sob a orientação do cientista jordaniano Omar Yaghi, estudou durante três meses nos Estados Unidos um tipo de cristal sintético tridimensional capaz de armazenar grande quantidade de dióxido de carbono. A descoberta, publicada na Science em 12 de fevereiro, poderá levar ao desenvolvimento de tecnologias capazes de absorver o CO2 emitido por carros e fábricas, um dos principais causadores do aquecimento global.

O dia a dia de trabalho do jovem no exterior era semelhante à rotina de estudos no Brasil. De segunda-feira a sexta-feira, pesquisava das 9 da manhã às 7 da noite, com pausa só para o almoço. No começo, acompanhava os trabalhos do chinês Hexiang Deng, um aluno de doutorado com quem aprendeu as rotas de síntese dos cristais. Depois de trabalhar com Deng, fez pesquisa independente e desenvolveu parte dos experimentos que levaram ao artigo da Science. “No começo, os pesquisadores ficaram receosos”, afirma Ricardo. “Mas se impressionaram comigo. Até hoje sou convidado para voltar.”

Com um futuro promissor, Ricardo diz desejar seguir a carreira acadêmica e se tornar professor pesquisador de uma grande universidade. “Se você tem determinação e corre atrás do que deseja, o sucesso é só uma consequência.” Ele credita as conquistas que obteve até agora ao apoio que sempre recebeu dos pais: “Apesar de eu ser de uma família com poucos recursos, eles nunca deixaram de incentivar meus estudos”.

Entrevista com brasileiro que pode vir a ganhar prêmio Nobel

Revista Época

19/03/2009 - 15:14 - ATUALIZADO EM 19/03/2009 - 15:44

"Não tenho a mínima chance de ganhar um prêmio Nobel"

Primeiro brasileiro a ter uma pesquisa publicada na capa da conceituada revista Science, Miguel Nicolelis, que desenvolveu um técnica cirúrgica para ajudar pacientes do Mal de Parkinson, diz que a disputa é muito concorrida e que ele não participa das rodas sociais onde as decisões sobre o Nobel são tomadas
PETER MOON

Pesquisa Nicolelis desenvolveu uma nova técnica cirúrgica para pacientes com Mal de Parkinson
Pela primeira vez em seus 128 anos de existência, a revista Science, a mais prestigiosa publicação científica mundial, dedica sua capa à pesquisa de um brasileiro, o neurocientista Miguel Ângelo Laporta Nicolelis. Paulistano de 48 anos e torcedor fanático do Palmeiras, Nicolelis vive nos Estados Unidos, onde dirige o Centro de Neurociência da Universidade Duke, na Carolina do Norte. Nicolelis começou a despontar na ciência em 1999, quando implantou um chip no cérebro de uma macaca, permitindo que ela movimentasse um braço robô usando apenas o pensamento. Na última década, Nicolelis já fez macacos controlarem o andar de robôs e inaugurou o Instituto de Neurociência de Natal, no Rio Grande do Norte, onde desenvolve pesquisas em paralelo com seu laboratório americano. Sua conquista mais recente é a capa da Science. Nicolelis desenvolveu uma nova técnica cirúrgica desenvolvida, baseada na estimulação elétrica da medula espinhal, que é um novo tratamento potencial para pacientes com Mal de Parkinson. Nesta entrevista a ÉPOCA, Nicolelis explica sua nova experiência e afirma não ter a "mínima chance" de ser o primeiro Nobel brasileiro.

ÉPOCA - Por que sua pesquisa foi publicada na capa da Science?
Nicolelis - É a primeira vez que a ciência brasileira ganha a capa da mais prestigiosa publicação científica do planeta. Em 2000, a revista inglesa Nature já havia publicado uma capa com o sequenciamento do genoma da bactéria Xylela fastidiosa, a responsável pela praga do amarelinho, que ataca os laranjais. Naquele caso, se tratava de um consórcio de vários laboratórios que fizeram o sequenciamento. Foi um esforço muito bonito da ciência brasileira. Agora, no caso desta capa da Science, acho que seus editores escolheram a minha pesquisa porque ela representa não só uma nova terapia potencial para os pacientes com Mal de Parkinson. É uma nova técnica cirúrgica que pode influenciar o tratamento de outras doenças.

ÉPOCA - Poderia explicar esta nova técnica?
Nicolelis - A idéia dessa cirurgia surgiu por acaso, em um jantar com meus alunos há dois anos. Estávamos conversando sobre os sinais cerebrais dos ratos com Parkinson, quando percebi que aquele padrão era muito semelhante ao que já tinha visto dez anos antes, em pacientes com epilepsia. Daí veio a pergunta: será que o Mal de Parkinson é uma forma especial de epilepsia? No caso dos doentes com Parkinson, o que existe é uma concentração nos disparos elétricos dos neurônios num determinado intervalo de tempo. Quando acontece essa concentração de disparos, o paciente perde o controle do próprio movimento. Resolvemos testar este modelo com cobaias, e verificar se havia tratamento para os sintomas.

ÉPOCA - Como isso foi feito?
Nicolelis - O trabalho aconteceu com camundongos saudáveis que receberam uma medicação para manifestar sintomas semelhantes aos do Mal de Parkinson, uma doença degenerativa do sistema nervoso que acomete, em geral, pessoas idosas, comprometendo seus movimentos e a sua locomoção. Nesta experiência, nós também usamos ratos com lesões na medula espinhal, que causam paralisia permanente. Nos dois casos, implantamos uma prótese na medula espinhal das cobaias. A prótese disparou estímulos elétricos diretamente na medula espinhal. Cerca de três segundos após cada disparo, os sintomas de paralisia cessaram, os animais começaram a andar, e os sintomas semelhantes aos do Mal de Parkinson desapareceram.

ÉPOCA - Mas por que os sintomas desapareceram?
Nicolelis - Usamos o implante na medula para, através de estímulos elétricos, injetar ruído no cérebro dos ratos, de tal maneira a tornar a concentração de disparos que causa o descontrole motor mais caótico, em vez de mais organizada. A ironia é que a criação desse caos se mostrou benéfica. Ela é saudável para o cérebro. A elevação do ruído restabeleceu o controle sobre os movimentos. Para o senso comum, deveria acontecer exatamente o contrário. Na visão clássica, o cérebro precisa de ordem, não de caos. Mas esta é a visão clássica da engenharia, e o cérebro não foi construído por engenheiros. Todos os comentários que tenho recebido dos especialistas em Parkinson - e eu não sou um deles - mostram que eles estão muito surpresos e satisfeitos. Ninguém pensou nisso.

ÉPOCA - Até hoje, o senhor era conhecido por fazer implantes no cérebro de cobaias. Qual é a vantagem do novo método?
Nicolelis - A vantagem da estimulação na medula é que ela pode ser feita logo no início da doença, e é muito menos invasiva do que o implante de uma prótese dentro do cérebro. Este é um procedimento ao qual apenas um terço dos pacientes têm condições de se submeter. O mais interessante da nova cirurgia é que, quando se combina essa nova cirurgia com a medicação tradicional prescrita para pacientes com Parkinson, eles só precisam usar um quinto da dose convencional. Com uma dose tão baixa, não há efeitos colaterais nem o desenvolvimento de tolerância à medicação. Ou, pelo menos, o risco do desenvolvimento desta tolerância pode ser afastado por vários anos.

ÉPOCA - Qual é o próximo passo?
Nicolelis - Esta cirurgia é um tratamento potencial para o Mal de Parkinson. Em 2009, vamos replicar o estudo em saguis, no Instituto de Neurociência de Natal, no Rio Grande do Norte. Se os resultados forem semelhantes aos obtidos com ratos, poderemos iniciar os testes clínicos com humanos em 2010.

ÉPOCA - Miguel Nicolelis será o primeiro brasileiro a ganhar um prêmio Nobel?
Nicolelis - Não, de jeito nenhum. Não tem a mínima chance. É uma coisa muito competitiva, e eu não participo das rodas sociais onde essas decisões são tomadas. Mas se, nos próximos anos, eu conseguir produzir essa nova teoria do cérebro e ela for aceita, como também consiga construir as próteses robóticas que vão alterar a vida de gente que está paralisada, o resto é... é o resto. Realizar estes feitos é a minha obsessão. Se eu conseguir chegar perto de realizar algum destes objetivos, e o Palmeiras voltar a ganhar alguma coisa que preste, vou estar satisfeito.

sábado, 5 de junho de 2010

O Poder dos Gráficos


Prezados,

Leiam este texto que revela como uma enfermeira conseguiu mudar a mortalidade em um hospital e se tornar uma das mais importantes pessoas na formação do conceito moderno do que é um hospital. Nada menos do que a história de como Florence Nightingale convenceu o Comando Militar Britânico a mudar as ações de saúde na Guerra da Criméia. Uma bela história sobre a importância de como apresentar seus dados faz toda a diferença.

Abraços,
Cláudio

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A cobaia sou eu

Houve um tempo em que os pesquisadores precisavam arriscar a vida. Em vez de usar cobaias, eles testavam tudo em si mesmos.

por Edmundo Clairefont (texto extraido da Revista Superinteressante no site http://super.abril.com.br/ciencia/cobaia-sou-eu-446514.shtml)

Em nome da ciência, o biólogo escocês Jack Haldane (1892-1964) provocou 13 minutos de convulsão na própria esposa, colocou em risco a vida do ex-primeiro-ministro espanhol Juan Negrín e causou a perfuração dos tímpanos de vários amigos e colaboradores. Ele não fez nada disso por sadismo. Jacksimplesmente queria conhecer os efeitos do dióxido de carbono e da descompressão sobre o organismo humano. Usando uma câmara hiperbárica, um cilindro de metal com capacidade para até 3 pessoas, ele simulava as mudanças de pressão a que todo mergulhador está sujeito. Como, dizia o escocês, animais não descrevem sintomas, a melhor forma de desenvolver essa pesquisa era usar seres humanos vivos. A cobaia preferencial de Jack era ele mesmo. Graças à câmara hiperbárica, Haldane estourou um par de obturações dentárias e quebrou várias vértebras. Quando foi questionado sobre seus métodos, reagiu com bom humor: “O tímpano geralmente se recupera. E, se nele permanecer um furo, ainda que haja alguma surdez, o sujeito pode até expelir fumaça de tabaco pela orelha, com óbvias vantagens sociais”. Ao final de suas pesquisas, Jack Haldane foi capaz de refinar a tabela de mergulho desenvolvida por seu pai, e usada até hoje, com pequenas variações.

Jack pode parecer maluco, mas muitas vezes não havia outro jeito. Até meados do século 20, fazer ciência era uma atividade mambembe e opesquisador tinha que estar disposto a correr riscos. Os instrumentos de medição eram muito imprecisos, e até a invenção do aparelho de raios X, em 1895, não havia nenhuma forma de olhar para dentro de um organismo sem abri-lo. Aliás, a primeira radiografia da história é uma chapa tirada das mãos da esposa do físico alemão Wilhelm Conrad Rönten (1845-1923). Isso acontecia o tempo todo e em todas as áreas de pesquisa, principalmente quando o objetivo era entender melhor o funcionamento do corpo humano – como no caso de Jack Haldane ou de todas as pessoas que um dia se dedicaram a estudar anatomia. Não era possível dissecar o próprio corpo, mas no século 17 professores ingleses ficaram famosos por comprar das famílias os órgãos amputados dos doentes. Dizia-se do médico William Harvey (1578-1657), o primeiro a descrever corretamente a circulação sanguínea, que ele seria capaz de dissecar seu pai se tivesse a chance.

Em outros momentos, usar o próprio organismo era a forma mais confiável de fazer medições. Para entender a condutividade elétrica, Henry Cavendish (1731-1810), um dos maiores físicos da história, se submetia a descargas elétricas de intensidade crescente, até que os choques o fizessem desmaiar. A cada tentativa, descrevia minuciosamente tudo o que tinha acontecido em seu corpo. Na mesma época, o físico francês Georges-Louis Lecrerc (1707-1788) pesquisava a velocidade de dissipação do calor usando grandes bolas de metal, aquecidas até ficar incandescentes. Para fazer suas medições, Lecrerc encostava a mão nas esferas. Aplicando esse conceito ao carvão, ele chegou a uma conclusão, ousada para a época, sobre a idade do nosso planeta. Para isso, pagou o preço de queimar a ponta dos dedos.

Nas últimas décadas, a tecnologia à disposição da ciência avançou rápido. Mesmo assim, alguns cientistas ainda transformam o próprio corpo em laboratório. Nas histórias a seguir, veja como os fins acabam compensando os meios.

Sorriso cheio de dentes

Era difícil ser dentista em 1844. Num mundo sem anestesia, os consultórios da época tinham qualquer coisa de açougue. Mas, em 10 de dezembro daquele ano, o Natal veio mais rápido aos cariados. Foi nesse dia que o americano Horace Wells (1815-1848) assistiu a uma demonstração pública que fazia muito sucesso na época: os participantes aspiravam óxido nitroso, começavam a rir incontrolavelmente e divertiam o público com brincadeiras. Só que um dos participantes machucou o joelho. Mesmo assim, não pareceu sentir a menor dor. No dia seguinte, Wells inalou o gás do riso e mandou seu assistente tirar-lhe o siso. Não sentiu nada. Empolgado, agendou uma demonstração pública em um hospital de Boston e tentou extrair um dente de um estudante. A quantidade de gás deve ter sido insuficiente, porque o garoto se apavorou. Desacreditado, Wells ficou viciado em clorofórmio. Mudou-se para a Europa, onde foi preso por jogar ácido sulfúrico em um grupo de mulheres, e cometeu suicídio na prisão.

De pai pra filho

Jack Haldane construiu sua câmara hiperbárica para checar e refinar uma tabela, elaborada por seu pai, que previa com que velocidade um mergulhador deve descer e subir, dependendo da profundidade em que se encontra. Além de elaborar essa tabela, John Scott Haldane (1860-1936) foi responsável por estudos pioneiros sobre a ação de gases tóxicos no corpo humano. O Haldane pai cheirava quantidades variáveis de gases tóxicos, principalmente monóxido de carbono, e media o nível de intoxicação de seu sangue. Para ter contato com substâncias insalubres, toda vez que uma mina explodia, pegava um capacete e corria para dentro. Tentando descobrir que infecções eram contagiosas, manipulou roupas de doentes. Jack herdou esse jeito de fazer pesquisa: pai e filho cheiravam gases tóxicos juntos até perderem os sentidos. O curioso é que os dois morreram idosos – John, aos 75 anos e Jack, aos 72.

Colheradas de vaselina

Em 1859, o químico inglês Robert Chesebrough (1837-1933) circulava entre os poços de petróleo da Pensilvânia, nos EUA, quando reparou em um líquido viscoso que saía das perfuradoras. Descobriu que os funcionários usavam aquela geléia para curar ferimentos. Robert colheu uma amostra e a levou para seu laboratório em Nova York. Refinou a substância até criar um gel inodoro e quase transparente. A ele deu o nome de vaselina. Nas semanas que seguiram, se cortou e se queimou em gradações cada dia mais sérias. A pasta parecia diminuir a dor e acelerar a cicatrização. Chesebrough passou a vender o produto nas ruas da cidade com uma carriola. Pouco tempo depois, descobriu-se que a vaselina não curava nada, mas tinha a característica, muito importante para as condições de higiene da época, de impedir a proliferação de bactérias. Robert Chesebrough morreu aos 96 anos receitando a fórmula da longevidade: uma colherada de vaselina todos os dias.

O comedor de haxixe

Em 1855, aos 20 anos, o pesquisador e aventureiro nova-iorquino Fitz HughLudlow (1836-1870) decidiu estudar e descrever, com o maior rigor possível, os efeitos das substâncias que promovem alterações de consciência. Ludlowcomeçou inalando clorofórmio, passou pelos opiáceos e chegou à maconha. Dois anos depois, reuniu suas experiências no livro The Hasheesh Eater (“O Comedor de Haxixe”). Mais de 90 anos depois, em 1943, o pesquisador suíço Albert Hofmann (1906-) fez algo parecido com o LSD. Ele tentava desenvolver um estimulante respiratório quando criou o ácido lisérgico. Por acidente, deixou o produto cair na pele. Impressionado com o resultado, Hofmann passou a usar quantidades maiores do produto e a descrever as alucinações detalhadamente.

Fundo de quintaL

Sozinho, trabalhando nos fundos da própria casa e usando os potes da cozinha, o farmacêutico sueco Carl Scheele (1742-1786) identificou 8 elementos da tabela periódica, incluindo o oxigênio e o nitrogênio. Para descobrir com o que estava lidando, cheirava e ingeria todas as substâncias.Scheele foi um sujeito dos mais azarados, que acabou não conseguindo o crédito por muitas das suas descobertas. Além disso, seu hábito de tomar um trago dos experimentos foi fatal. Aos 43 anos, ele foi encontrado morto em sua bancada, com sintomas de envenenamento. O cadáver estava cercado por uma série de compostos que ele tinha desenvolvido. Ninguém sabe exatamente o que o matou, mas o principal suspeito é o mercúrio.

Boneco de teste

No último dia 30 de abril, morreu o pesquisador americano Lawrence Patrick. O fato de ele ter vivido 85 anos é quase um milagre. Em 1965, em Detroit, Patrick estudava o impacto dos acidentes automotivos quando resolveu entrar no carro de teste. Depois de ser cobaia em 400 batidas, criou sistemas de segurança, como o air bag.

Vai um gole aí?

O australiano Barry Marshall (1951-), Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina de 2005, descobriu em 1983 que a bactéria Helicobacter pylori causa gastrite e úlceras estomacais. Antes de Marshall, pensava-se que o estresse era o principal agente causador dessas doenças. Para provar que estava certo, ele produziu um coquetel de bactérias, bebeu e descreveu a evolução de sua gastrite.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Artigo da Revista Época de 31 de maio para análise


Prezados,

Estou postando um artigo que foi publicado na Revista Época desta semana.
Gostaria que vocês opinassem sobre a reportagem comentando três assuntos em especial:

1. Como devemos encarar artigos que desafiam o conhecimento estabelecido?
2. Como podemos evitar que o conflito de interesse influencie a nossa pesquisa?
3. Na opinião de vocês, qual a causa da "scientific misconduct" do pesquisador citado na reportagem?

Todos os comentários são bem-vindos.

Cláudio

Bem-vindos

Prezados alunos e colegas,

Estamos iniciando uma discussão digital sobre metodologia científica.
Espero que a iniciativa seja bem sucedida e que todos possam aproveitar as características únicas que a internet disponibiliza.

Um abraço a todos.

Cláudio